As amizades eram feitas em minutos, conversas sobre coisas tão simples,
os olhos brilhavam por doces, vestíamos as roupas de nossos pais, cantávamos
para Deus e o mundo ouvir aquelas músicas infantis, e éramos verdadeiras
matracas curiosas.
Achávamos que ser adulto era incrível, eles não precisavam dormir cedo,
e podiam escutar e opinar naquelas conversas que nós crianças éramos proibidas
de ouvir ou opinar.
Então teimamos em crescer, assumimos mais responsabilidades,
principalmente com os estudos, temos mais escolhas a fazer, e não apenas
escolher o sabor do sorvete que queríamos.
E lá vem, mais e mais estudos, lá vem os cursos profissionalizantes, e o
primeiro emprego.
Os sonhos mudam, não queremos mais ser super-heróis, não queremos salvar
o mundo com aqueles poderes, mas ainda queremos salvar o mundo, de um jeito
mais realista, e também seria ótimo ser reconhecido por fazermos algo que
gostamos, seria gratificante, mas aos poucos conseguimos verdadeiras vitorias.
Mas como nem tudo são flores, nem todas essas vitorias vem assim tão
fácil, e a vida nos ensina isso.
Passamos por dificuldades, tiramos nota baixa em um prova importante,
aquela entrevista parece que não teve futuro, os stress do dia-a-dia começam a
aparecer, alguns amores não dão certo, algumas coisas nos desanimam. Caímos na
então rotina.
Mas mudamos como tudo ao nosso redor. O Mertiolate já não arde e não
sara todos os machucados, e quando viramos independentes, nossas mães não
estarão lá, para nos dar um beijo de conforto em todas as quedas da vida.
Mas somos persistentes, e não será uma quedinha que nos afastará de
nossos sonhos.
E aos poucos, os frutos, daquela nossa persistência aparecem.
É tão gratificante quando eles aparecem.
E pode ter certeza elas aparecem.
Mas é isso, crescer é assumir responsabilidades, saber fazer suas
escolhas. Não é tão simples como ser criança, mas aprendemos a levar.
Mas crescer é muito mais do que ser um adulto, crescer é dar orgulho
aquela criança de ontem.
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