segunda-feira, 20 de julho de 2015

Cronica de sala de estar: " Coração entenda, a saudade as vezes compensa."

   A garota estava ali jogada novamente em um canto do sofá, naquela sala de paredes verdes, mas não era noite, era uma tarde ensolarada de um domingo tedioso, crianças brincavam em frente a sua casa, gritaria, baderna e risos, a TV também fazia algum barulho; estava ligada em um programa qualquer que ela não dava atenção estava perdida em seus pensamentos e na saudade.
   Olhava aqueles sofás tristonha, estavam tão vazios e frios, não eram nem confortáveis.
   Era domingo, era dia de vê-lo, mas não naquele domingo, não por 15 dias.
   Não fazia nem 24 horas que um tchau doloroso foi dito, um ultimo beijo, um ultimo abraço e ela saiu porta a fora.
   Lembrava-se bem de que a lua sorria para ela naquele sábado a noite, a noite estava linda, mas não retribuiu a lua aquele sorriso, apenas seguiu lentamente e pensativa para casa, não estava só, a saudade a acompanhou como uma boa amiga.
   Parava de lembrar-se de sábado e voltava para aquele domingo longo e chato; nunca gostou de domingo, pelo menos não gostava antes de conhecer ele, mas com ele os melhores dias eram domingos, ou melhor os melhores dias eram qualquer dia que pudesse estar com ele.
   Então não era um dia bom, os olhos encheram de lagrimas muitas vezes enquanto outras lembranças vieram.
  Também sorriu muitas vezes enquanto lembrava, mas quando voltava ainda era domingo, ainda era o dia de vê-lo, e ainda faltavam 15 dias.
  Abraçava suas pernas, e as arranhava com os dentes.
  Seu coração doía, seu peito apertava e sua mente vagava; fitou novamente o vazio, imaginou quando ele voltasse, seria algo tão bom, talvez valesse a pena, mas mesmo assim detestava a ideia de estar tão longe, mas se acostumaria pois ainda faltavam 15 dias.
   A saudade lhe abraçou de bom grado e foram assistir uma boa comédia francesa.
   Rio, chorou, lembrou-se dele, o quis ali, mas se conformou que isso deixaria o amor deles mais forte, abraçou a saudade e a contou sobre os momentos deles.
By M. Rodri




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